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quarta-feira, outubro 25, 2006

APÓS O CICLO DO ASFALTO






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Estas duas pinturas sobre papel configuram parte de uma série dedicada ao problema
dos acidentes nas estradas de Portugal. As terríveis paisagens do asfalto riscado
pela derrapagem rangente dos carros, destroços perdidos, cabeças sangrentas.
Nestes casos, os destroços sobrevivem enquanto espectáculo dantesco e sugerem aos
nossos olhos o que os nossos olhos nos deram a ver durante a guerra colonial. Por
isso a obra de Rocha de Sousa aparece muito dilacerada pelas próprias catástrofes
urbanas - retrato patético de uma civilização que se engole a si mesma.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito belas as suas pinturas.