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segunda-feira, dezembro 11, 2006

OS MALES DO MUNDO

a prece

o nicho

Estes exemplos da técnica mista usada por mim perdem visibilidade no detalhe matérico deste grau de representação. Mas a perda de côr é escassa, visto que os negros e os cinzas predominam, em atenção também ao fim evocativo dos casos e do fotojornalismo. Toda esta série prende-se muito, na sua verdadeira extenção, com a ideia de requiem, os cânticos e os testemunhos que sobram após as derradeiras batalhas. Ao público convencido de que a arte é um mundo que se parece com as aparências e as reapresenta, devo dizer que, nesse caso, não haveria obras como "Guernica", além de muitas outras. A mistura de meios e representações pode (e deve) ultrapassar a modéstia da nossa percepção e concepção da realidade. Mas essa circunstância abre a obra a um forte sentido polissémico, apróxima-nos das cintilações e incandescência do visível.

3 comentários:

naturalissima disse...

Marcas de um mundo cruel?

Daniela

Neste espaço, já deixo comentários em nome de naturalissima!!!
Será que isto tem a haver com o tal sistema Beta?
Mas que raio de coisa...

Miguel Baganha disse...

Efectivamente, a aparente aparência das coisas vive tão fugazmente em nós, como nelas mesmas morre o que sentimos ao vê-las.
Daí, resulta esta minha necessidade de desconstrução constante, que mantém acesa a chama deste incessante querer...na tentativa de voltar a construir ou " reaver esse delírio dos sentidos " muitas vezes frustrada pelo insucesso da inovação.
Ás vezes chego a pensar que nada se inova, e que tudo não passa de sequência.
Tomara que esteja errado!

Parabéns pela magnífica composição, Caríssimo Rocha de Sousa...

Grato pelos seus comentários enaltecedores no meu espaço, deixo-lhe o meu abraço de admiração e estima.

Um bom-fim-semana,

Miguel Baganha

Anônimo disse...

O papel da arte é sim proporcionar beleza pela criação de novas perspectivas, suscitar emoção e criar poesia.
Gosto de vir aprender aqui.
Bem haja!