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segunda-feira, novembro 27, 2006

NA MORTE DE MÁRIO CESARINY


a
vitalidade
era um
segredo
do corpo
frágil,
enfim consumido
por milhões
de cigarros,
memória
de extintos
incêndios


Sou um homem
um poeta
uma máquina de passar vidro colorido
um copo
uma pedra
uma pedra configurada
um avião que sobe levando-me nos seus braços
que atravessam agora
o último glaciar da terra
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Mário Cesariny de Vasconcelos,
poeta e pintor, figura primeira
do SURREALISMO em Portugal,
faleceu ontem, dia 26, com 83 anos

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