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quarta-feira, maio 09, 2007

CAMINHOS PELO PATRIMÓNIO CONSTRUÍDO


fotos de rocha de sousa
Ao descermos a rua da Sé, em Silves, deparamo-nos com o grande torreão que articulava dois panos da terceira muralha da cidade e se reforçava por duas portas: a que vemos nesta direcção e outra à direita (não visível deste ângulo). A cidade era contornada por várias ordens de muralhas, com a almedina (castelo) no alto, e diversos equipamentos de engenharia para guardar mantimentos e aceder por poços à água do rio. Na conquista de Silves por D. Sancho I, em conjugação com uma armada de Cruzados que vinham do norte, o rei conseguiu alargar o território até ao mar, a sul, dando o saque das povoações aos guerreiros estrangeiros. Foi um tempo difícil, pois as cidades ficavam meio destruídas e a sua guarnição era, na míngua de pessoal, constituída por meliantes e ladroagem arrancada às cadeias. Depois de dobramos esta assagem, entrams num largo, hoje composto de formma híbrida, mas no qual foi há anos colocado um pelorinho da cidade, visível de muitos pontos e quase sempre tendo por fundo, em grés, pedra da região aplicada às fortificações, a alta arede da alta torre que ali se agiganta, depois de muitos usos, e cuja postura estratégica era, como dissemos muito importante para a defesa dos patamares ulterores do burgo. Assim se foi cumprindo o objectivo de alargar o reino, estabailizando-o, e empurrando para fora dele os mouros (ditos então infiéis) e cuja civilização na Península Ibérica atingiu níveis importantes técnica e culturalmente. Famílias de mouros consegira processos de integração, sobretudo no Alentejo, de que Arraiolos é um exemplo fundamental.

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