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terça-feira, maio 22, 2007

OS MENINOS DESAPARECIDOS OU RAPTADOS

Esta menina, de quatro anos e origem inglesa, encontra-se desaparecida há cerca de um mês e o seu caso ainda não foi resolvido, como infelizmente acontece todos os dias com milhares de outras crianças em todo o mundo

6 comentários:

Ana M. disse...

"A dor da gente não sai no jornal"

croqui disse...

nunca é demais lembrar, sobretudo agora que está prestes a cair no esquecimento!
muito bem!

Isabel disse...

“…como infelizmente acontece todos os dias com milhares de outras crianças em todo o mundo"

Esta parte do teu texto é importante.

Talvez, falar demasiado nesta seja estar a esquecer demasiado as outras.

Pode parecer que nunca é demais lembrar mas os "media" não dão tempo de antena a todas, os jogadores da bola e demais desportistas, os músicos, os actores, os políticos e personalidades influentes da nossa sociedade não perdem nem tempo nem dinheiro a falar e a dar dinheiro para todos... têm obviamente mais que fazer.
Então, talvez, de facto, toda esta atenção sobre uma única criança desaparecida seja uma enorme falta de atenção para com as outras.

As outras também são crianças.
Também tem pais e mães a sofrer, e alguns destes pais e destas mães além do sofrimento de não saberem de um filho sofrem também de graves carências económicas.

A esses quem ajuda?

Não foi certamente por acaso que lembraste que todos os dias existem milhares de crianças desaparecidas no mundo.

Para elas onde está a ajuda?

Será que não é demais toda a atenção sobre esta se pensarmos na falta de atenção sobre as outras, volto a perguntar?

Desculpem, isto não é insensibilidade para com esta é apenas alargar a sensibilidade às outras.

Isabel

Isabel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
P. Guerreiro disse...

Quem está vivo sempre aparece. Costuma dizer-se de alguém que volta após ausência prolongada…
Só posso imaginar o sofrimento dos pais, imaginar o desaparecimento da minha filha de seis anos…Isso me basta.
Há dias, num jantar de aniversário, uma amiga minha que trabalha numa instituição de caridade confessava-me, “O que mais me custa é olhar para aquelas miúdas e saber que a maior parte delas vai acabar na prostituição.”, “Como podes ter a certeza?”, “Precisavas estar lá para ver, a inocência perdida, misto de mulher e criança…”.
Não lhe confessei o meu pensamento…Crianças abandonadas, rejeitadas, sem ninguém que procure por elas…Também elas desaparecem…Junto a auto-estradas, a rotundas, a bares nocturnos, alterne ou qualquer outra coisa que lhe queiram chamar.
A insistência da imagem torna-a familiar…Realidade restrita que a televisão alarga ao colectivo.
Eu sofro por todas as Madalenas do Mundo.
O que será das Madalenas em África, das violações, mutilações, da Sida que lá encontra formas múltiplas e mata que se farta? Das Madalenas Asiáticas vendidas como mercadoria sem limite de idade, das Madalenas da América do Sul, do México ao Brasil?
Também por cá temos as nossas Madalenas…Sempre as tivemos…De vez em quando aparecem, deixam o seu testemunho numa voz tecnologicamente camuflada, numa imagem nublada ou de quadradinhos duvidosos, estão mais velhas e já não despertam tanta pena.
Desejo sinceramente que a Madalena apareça e que os esforços para que isso aconteça não sejam um exclusivo televisivo, que possam servir de rotina em casos futuros.
Este desaparecimento de classe média feriu a nossa segurança, quem sabe o nosso orgulho perante a Inglaterra…Os Media em Inglaterra não brincam…Por cá é o caso da menina Inglesa, numa praia do Allgarve, no Hotel Inglês, com suspeitos Ingleses…Até ver…
A dimensão do caso ultrapassou a nossa fronteira projectado pela imprensa Inglesa…
No meio tudo isto fica também o desejo de que nada disto tenha sido em vão.

Um abraço.

P.S. As minhas ausências são as de quem está vivo mas com muito pouco tempo, talvez ausente de mim próprio…Não dá para tudo. Agradeço no entanto as suas visitas, os seus comentários a maneira como me lê…Sem pretensões, tal qual eu a escrevo.

jawaa disse...

Acontece com crianças de todo o mundo e com crianças portuguesas... parece que continuamos a ser o paraíso dos pedófilos, Madeira incluída.
Gostaria de ver este empenho em resolver o assunto esquecido da Casa Pia, por exemplo, sem que tenhamos ainda de pedir desculpa, a breve prazo, aos eternos pseudo-arguidos...