Visito por vezes estes cascos abandonados, lugares lodosos onde se desfazem as arquitecturas das navegações, tábua a tábua, estruturas preciosas amolecendo pela erosão do tempo, pelas diversas transferências sofridas, entre imagens que eu próprio mais desagrego através da luz, reilustrando as primeiras fotografias obtidas há anos a preto e branco. Na ria do Seixal, esta barcaça tem muitas histórias para contar e só os velhos carregadores nos podem dar notícia das viagens aqui terminadas, deste cadáver aqui jazendo.
domingo, junho 03, 2007
ARQUITECTURA DAS NAVEGAÇÕES
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5 comentários:
Parece Rosinha, a canoa de Zé Orocó...
Linda, só falta imaginar, em vez dos monstros de cimento ao fundo, a floresta amazónica.
de facto, são estruturas preciosas das arquitecturas navais que mereciam melhor sorte para ficarem legadas ás gerações futuras. um abraço
Registos belos pela sua nostalgia, carregados de tantas navegações, cheios histórias de homens do mar.
Abandono triste... Sabendo que aquela morte foi para ficar.
Tiomeu, aproveito para agradecer o comentário na "EM VIAGEM".
Até logo
Beijos
Danielasuasobrinha
Caríssimo
Um dia destes vi estes mesmos barcos (creio) num outro blog que não sei identificar, e o comentário que deixei foi mais ou menos o que deixo aqui:
É uma pena deixarmos morrer parte da nossa história.
A pertir de 2ª feira vou para fora uma semana. O meu mail é ermelinda.morgado@gmail.com
Um abraço
Imagens muito bem conseguidas em termos formais, como se exige de alguém com a sua formação e sensibilidade... como referi já no desenhamento, os temas navais tocam-me a alma de modo profundo. E olhar para estas imagens traz-me de imediato às narinas o cheiro da maresia...
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