Quem não considera o não-ser compreende a arte sem distância.
O não-ser corresponde à imaginação que trabalha e ao animal.
Emociona-me a palavra «lenda» como sentido do que faço.
Marcisismo do indivíduo ou da Natureza tanto faz.
Entre a elite e a claque a escolha impõe-se.
Trabalhamos em ultrapassar os nossos limites ou trabalhamos em amar.
Este texto é extracto de um belo comentário que Álvaro Lapa escreveu, em 1985, para a sua própria exposição de pintura na Galeria Emi. Silenciado nos media e no que resta de gente pensante, a obra deste importante artista e escritor foi agora condignamente apresentada no Palácio da Cidade de Lisboa, ao Campo Grande. É um acontecimento que vale apenas sublinhar aqui. Faço-o em meu próprio nome, na lembrança das aspirações encobertas e dos discursos raros como a obra literária da Lapa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário