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sábado, novembro 11, 2006


Uma das actividades mais gratificantes que me foi possível desenvolver, como profissional e como amador, foi sem dúvida o cinema, quer no domínio de séries culturais para a RTP, quer com os meios posteriores do vídeo, em termos experimentais e de ensaio. A Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, então ainda não integrada nesse patamar do Ensino Superior, tinha, a cada canto, lugares sugestivos, fontes e fios de água correndo entre paredes velhas, e os próprios ateliers, quando encenados, permitiam formular sequências de estúdio dotadas de qalidades ambientais e de luz extremamente interessantes.
As relações professor-aluno eram positivas, a um nível de camaradagem e de entreajuda verdadeiramente invulgar. Aqui iventei os meus actores, mais ou menos melancólicos como era timbre da maior parte dos argumentos que eu próprio desenvolvia na lógica dos lugares e no tom das personagens. Nestas primeiras fotografias podemos ver Zélia e Lurdes Robalo, esta última, pela sua própria vida interior, capaz de exprimir longamente a amargura, a espera, o sentido da distância. Aliás, embora noutro registo, Lima Carvalho, pintor e professor, e a pintora Fátima Mendonça, que suportou «longas metragens» - «Projecto K», «A Praga», «Missa Negra, enre outros. No cinema propriamente dito, sper 8 e digital, As grandes prestações foram para a pintora e professora Maria João Gamito, e, num caso apenas, «O Véu dentro da Cidade», Carla Batista.

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