O homem é dotado de um aparelho visual altamente sofisticado e capaz de aperfeiçoamentos operativos consideráveis. Mas já temos equacionado aqui as limitações que o cérebro tem de cobrir, transformando um paralelogramo e rectângulo ou uma oval num círculo, isto é: o que a retina transmite para o grupo de neurónios que elabora a visão corresponde a apropriações enviesadas do real, linhas convergentes quando são paralelas, espectáculo plástico, como na pintura abstracta, quando o referente não passa de ruínas de um prédio. A estrada que parece afunilar-se não é lida dessa maneira pelo cérebro: a elaboração dos dados remetidos pela retina faz com que deduzamos a configuração real das coisas. Estas palavras podem associar-se a uma observação pouco cuidada da imagem aqui publicada, aparência cuja escala desconhecemos e que nos pode calhar relacionarmos com uma obra do autor deste blog, o qual é de facto dedicado a dar a ver peças de ordem plástica, fotografias, referências a cinema, arte digital e literatura, áreas em de facto tenho trabalhado, profissional ou amadoritiscamente, e que ofereço ao conhecimento dos outros e ao próprio debate. Assim, ocorreu-me trabalhar esta imagem, cuja base é fotográfica, de um fotojornalista, e cujo resultado, semelhante a uma pintura, seria quase irreconhecível junto da fotografia de base, com muito mais material em torno deste fragmento.
terça-feira, setembro 16, 2008
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Um comentário:
Tiomeu
baseando-me nesta breve lição editada hoje, aproveito para agradecer o comentário que deixou no "Sonho", digo o seguinte:
estou de acordo com a sua opinião.
Podia de facto ter dado a volta a este erro. A "barra" quebra na realidade a estética e de certa forma o sentido do seu conteudo.
gosto disto tio...
Khanimambo
Dani
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