não há português de qualquer condição que não corra
às marisqueiras a fim de encherem a boca de mariscos,
os mais diversos, vício antigo que já teve estatuto de
classe, o dos ricos, mas que hoje é mitomania de todos,
haja crise ou vacas gordas.
Vemos, em Silves, no principal restaurante deste
culto, filas de gente à espera de lugar,
outros sentados no chão e em cadeiras,
horas a fio, alta noite, a fábrica de comer
cheia por dentro e por fora, numa alucinação
de cascas, cerveja, vinho branco, manteiga, pão,
restos inenarráveis pelas duas horas da
madrugada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário