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sábado, setembro 29, 2007

UM SULCO A CAMINHO DAS ESTRELAS


Desde que o homem descobriu que não estava encerrado numa campânula negra, salpicada de misteriosas luzes, a abertura ao espaço cósmico, tão dramaticamente equacionada por Galileu, foi permitindo que desvendássemos a imensa dimensão do cosmos, fazendo contas dramáticas logo que se definiu a velocidade da luz. Os primeiros números (da terra à Lua, por exemplo) eram plausíveis, ainda possíveis à compreensão humana. Mas depois de se avaliarem outras contas, não traduzíveis em números e sim em «anos luz», tornou-se objectivo e ao mesmo tempo
inenarrável -- bilões de anos para atravessar um pequeno sector do Universo. Dizem os mais afoitos que não estamos sós nesta imensidade de milhares de galáxias, cada qual com centenas de milhares de «anos luz» de diâmetro, carregadas de estrelas, planetas, entre outros astros menos definíveis. Talvez sim. Pelo cálculo das probabilidades haverá muitos planetas razoavelmente semelhantes ao nosso. Sem imaginação delirante, isso não adianta nada. É como se continuássemos sós, absolutamente sós. E com a morte a regular o tempo da própria Terra.

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