O retrato não é, necessariamente, a representação mimética da face de alguém. Ou melhor: seria outrora, algo assim, mas sempre mais, pela qualidade intrínseca da expressão plástica, e segundo o contexto tecnológico existente. Numa tese universitária sobre a deriva do retrato, alguém tentou seguir esta pista de pesquisa, esta orientação criativa, percorrendo as sinuosas formas de apresentação da pessoa, não apenas do seu rosto, mas também as marcas, os sinais, os símbolos cuja raiz poderia associar-se à natureza humana, a uma certa maneira de ser e de aparecer. O júri julgou improcedente este caminho, apegou-se às determinações da evolução histórica desse género de representação a que se convencionou chamar retrato. O desenho aqui proposto é o retrato de alguém, numa certa idade e com certos adereços ou comportamentos, identificável pelos elementos propostos e organizados no plano, não apenas enquanto à memória física mas também como portadora de significações particulares.
quinta-feira, março 13, 2008
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Um comentário:
Com o pouco tempo que me resta da minha vida diária, procuro passar por aqui, como se de um ritual se tratasse.
Espreito pelas janelas das suas obras escritas e plásticas, com respeito e admiração.
Verifico, que não só para o Miguel e para mim, foi importante aquela visita ao seu atelier.
Ao mexer naqueles passados, muita coisa veio ao de cima, refrescando antigas experiências, memórias de tempos marcados por vivências politicas e sociais.
Deu vida a coisas adormecidas no meio de tantas outras ainda por criar...
Foi também para SI, IMPORTANTE reviver "aqueles" momentos...
ISTO FAZ VIVER.
Ainda bem, que o tio meu, tem uma vida preenchida de tantas estórias. :)... são suas e de mais ninguém.
-Silêncio...
Receba um beijinho meu
e... obrigada por me ter ajudado a me descobrir...
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Belissimo quadro.
Momento com especial sentimento por alguem que lhe é querida, hoje "retrato sem rosto".
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