Como veremos nesta breve deriva pela zona circundante do Palácio da Ajuda, há aqui uma face dilacerada pelo decorrer do tempo e pela injúria das catástrofes, entre desleixos quanto ao dever de conservação do nosso melhor património construído. Fachadas laterais como cenários perdidos de um teatro antigo, arcos como capelas vazias, dessacralizadas, além das perspectivas angulares de tudo o que sobra a leste, a norte, sob a brisa matinal e as árvores iluminadas pelo sol ainda rasante. A beleza das ruínas, quando nem a conservação é possível, pode funcionar como apelo à contemplação, fio de memórias antigas e de fantasmas pressentidos entre várias arcadas e projecções de sombra.
fotos de rocha de sousa
Um comentário:
Olá, Rocha de Sousa.
Já não vinha aqui há muito tempo.
Na verdade, já não vou a lado algum, nestas andanças, há bastante tempo.
Os quadros abaixo, no outro post, são seus?
Não fez em tempos uma exposição na Galeria LCR, em Sintra?
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