segunda-feira, maio 26, 2008
ILUSTRAÇÃO para SEGREDOS CONVENTUAIS
quinta-feira, maio 08, 2008
segunda-feira, maio 05, 2008
AO VER ALGUNS MÁRTIRES DA TETCHENIA
quinta-feira, abril 24, 2008
BOMBA COMO UM SIMPLES SACO DE PRAIA
quarta-feira, abril 23, 2008
CONSTRUÇÃO E DESCONSTRUÇÃO DO VISÍVEL
domingo, abril 20, 2008
AS NEGRAS E FUNDAS LIXEIRAS DO UNIVERSO
sábado, abril 19, 2008
UMA ESCOLA MAL-AMADA, CONVENTUAL
terça-feira, abril 15, 2008
VARANDA

VANDALIZADA A BANDEIRA DA GLOBALIZAÇÃO
segunda-feira, abril 14, 2008
O VISÍVEL E A REVELAÇÃO DO INVISÍVEL
quarta-feira, abril 09, 2008
APARÊNCIA, VERDADE E MENTIRA DO OLHAR
O que vemos em múltiplas representações pictóricas só existe enquanto tal. Cada referente perde-se na inexistência ou declina para o lado invisível das coisas. Um sistema de visão muito diferente daquele que possuímos dar-nos-ia outras informações acerca do exterior, recebidas e trabalhadas em bases com outras premissas orgânicas. Lugares paisagísticos como os que são aflorados fotograficamente nas imagens aqui recolhidas e publicadas podem iludir-nos pela introsão de meios auxiliares de expressão, mas essa mentira não é nem maior nem menor do que aquela que as próprias provas nos sugerem: uma fixidez inexistente no real, uma só direcção por cada olhar, o porte lírico da sua escolha e seu tratamento, na inflexível redução do real à memória (porventura recente) da sua presença. A mobilidade visual é por vezes concentrada na suspensão do instante ou dilatada por especiais derivas, ténicas e estéticas, das possíveis análises cada vez mais prontas nos nossos dias.
domingo, abril 06, 2008
ENTRANHAS DUM CARRO MORTO NO ASFALTO
OS AUTOMÓVEIS TAMBÉM SE ABATEM
Entre os bens civilizacionais, a carnificina decorrente dos desastres nas estradas e nas autoestradas é das realidades mais lamentáveis, pesadas e pungentes com que nos defrontamos no dia a dia. Fala-se em segurança. Fala-se em campanhas gigantescas, assumidas pela polícia da estrada nas datas festivas e outras importantes, mas os resultados parecem sempre débeis, na estatística e avaliadas as estratégias. A imagem não pretende ilustrar nada, a não ser que a morte também é bela, e o que resta deve ser tomado com alguma grandeza pela consciência ou no sentido dos valores poéticos de toda a realidade.
domingo, março 30, 2008
RETRATO DOS PADRINHOS NA VISITA DE 1945
quinta-feira, março 27, 2008
A ESTRANHA BELEZA DAS RUINAS SINGELAS
À medida que eu crescia, nesses anos de crueldade, as fábricas foram ardendo meticulosamente, uma após outra, e os senhores delas, simulando a dor e o desastre, partiam para o Norte ou para o Centro, abandonando (discretos) homens e ruínas. No rio prestes a morrer ao avanço da lama que ninguém removia, os fardos de aparas de cortiça vinham carregar as grandes barcaças para as últimas viagens da decadência. E eu lembrava-me do uso colectivo desses cascos de madeira, Maio-festa, velho costume de flores e farnéis, grupos em cacho nos convés, rio abaixo, pequenos portos nas hortas de bilhete postal. Acampava-se nas margens ainda jardim, entre laranjeiras, as lanchas da nossa viagem imaginariamente maior como peças de uma aventura à Salgari. A procissão voltava à cidade na maré da tarde, tac-tac dos motores, os cestos repletos de ramos ornamentais que ficariam muito tempo presos nas paredes das nossas casas, um laço de papel segurando as hastes decepadas. Restam algumas fotografias, Helena. Porque, breve na minha adolescência, tudo se degradou - homens, fábricas, crianças, o rio. E as noites de cada incêndio, marcando a fogo o próprio retrato político do país, banhavam a soturnidade das últimas mortes. Espectáculo após espectáculo que eu seguia com uma espécie de gosto comovido, um terror e uma ternura não sei porquê nem por quem, o espanto a misturar-se do mesmo modo com o apelo-repulsa dos gritos, enquanto percebia, sob as cicatrizes, como o sofrimento pode em certa medida empolgar-nos. Fiquei gostando irremediavelmente das ruínas, embora seja mais fácil ver nelas a morte do que a vida.
Excerto do livro do autor deste blog «OS PASSOS ENCOBERTOS» e que retrata um pouco a demolição do país nos anos 50, com a perda da indústria corticeira.
segunda-feira, março 24, 2008
A FACE DILACERADA DE MUITO PATRIMÓNIO
fotos de rocha de sousa